Saúde
Saiba mais sobre o exame histeroscopia, um forte aliado da mulher
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Procedimento minimamente invasivo permite diagnosticar e tratar problemas do aparelho reprodutor feminino.
A histeroscopia é uma técnica que possibilita inspecionar a cavidade uterina por meio da endoscopia. O procedimento permite o diagnóstico de doenças intrauterinas e serve como método para intervenção cirúrgica.
“A histeroscopia diagnóstica pode ser realizada de forma ambulatorial, ou seja, no consultório, e tem por objetivo apenas a visualização interna do útero; caso sejam encontradas quaisquer alterações, há necessidade de programar uma histeroscopia cirúrgica para o tratamento dessa alteração”, conta a médica ginecologista Dra. Monica Zomer, responsável pelo Centro Avançado de Cirurgia Ginecológica do Hospital VITA Batel, em Curitiba.
A médica explica que o exame é realizado com uma câmera fina que é introduzida por dentro do colo do útero, com uma anestesia local. As imagens captadas são ampliadas e transmitidas para um monitor, possibilitando o diagnóstico de lesões no útero. Todo o exame é filmado e fotografado. A maioria das mulheres tolera bem o procedimento, mas algumas podem sentir desconforto e até mesmo dor. “Rotineiramente preferimos realizar o exame sob sedação no centro cirúrgico para evitar incômodos e aumentar a segurança do procedimento”, esclarece Dra. Monica.
Já a histeroscopia cirúrgica é indicada nos casos em que existe alguma alteração comprovada dentro do útero para o tratamento de pólipos, miomas submucosos, espessamento endometrial, malformações da cavidade uterina, sinéquias (aderências intrauterinas), entre outros problemas.
As principais indicações para a histeroscopia incluem o exame da cavidade uterina para desordens menstruais e de fertilidade, acessos diretos para cirurgia intrauterina e parte inicial da trompa para a visualização ou realização de esterilização.
Procedimentos que podem ser realizados por histeroscopia:
• Polipectomia – remoção de pólipos endometriais ou endocervicais;
• Miomectomia – remoção de miomas submucosos (os miomas intramurais e subserosos não podem ser tratados por histeroscopia);
• Avaliação de sangramento uterino anormal – principalmente nas mulheres próximo à menopausa ou nas mulheres menopausadas, com o intuito principal de avaliar o endométrio e coletar biópsias para excluir casos de doenças malignas ou pré-malignas;
• Lise de sinéquias intrauterinas – consiste em desfazer aderências dentro do útero, que podem impedir a gravidez ou bloquear a saída da menstruação;
• Esterilização – existe a possibilidade de se realizar um procedimento de esterilização por histeroscopia utilizando o dispositivo chamado de Essure;
• Rotina pré-procedimento de fertilização in vitro – avaliar a cavidade endometrial antes de realizar procedimentos de FIV, para se ter certeza de que não há nenhuma alteração intrauterina que possa atrapalhar a FIV;
• Tratamento de malformações uterinas – principalmente alguns tipos de septo uterino que podem dificultar a gravidez e provocar abortos.
“Como o procedimento tem por objetivo visualizar e tratar alterações intrauterinas, ele não pode ser realizado no período menstrual, pois a cavidade uterina está com sangue em seu interior, impossibilitando a realização do exame”, destaca a especialista.
Segundo Dra. Monica, após o procedimento cirúrgico, a paciente acorda da anestesia geral em curto período de tempo e fica em observação por cerca de 30 a 60 minutos. Assim que estiver bem acordada e sem sentir qualquer desconforto, pode ir para a casa.